quarta-feira, 30 de março de 2011

gestão escolar em textos complementares

          A Gestão Escolar nos Textos Complementares
 1. A autonomia se torna presente quando ocorre as articulações entre  todos que compõem a comunidade  Escolar visando  a construção de uma gestão  administrativa democrática , em que o diretor  exercerá  o papel de articulador  e incentivador   da participação  e de ações implementadas  pelo colegiado  escolar  , e  que para isso é fundamental a criação de órgãos  como colegiados , que iram juntamente  com a direção decidir  acerca das problemáticas   que ocorrem nas escolas.
No geral, as escolas possuem autonomia administrativa, jurídica, pedagógica e, às vezes total ou parcial no que tange ao aspecto financeiro. Para que de fato isso ocorra é fundamental uma total sintonia entre gestor e a comunidade escola, para que juntos  as decisões sejam deliberadas com o objetivo de proporcionar  a verdadeira autonomia  escolar.
A autonomia de uma escola está evidenciada, quando o seu projeto político-pedagógico está embasado ao mesmo tempo com  a realidade da escola  e também sujeita  às leis que regulam o sistema   Nacional de Educação. Só através dessa união é que defenderemos a escola como espaço democrático.

2. Na atualidade, é cada vez maior uma relação de fato entre o diretor e o conselho  escolar  para a efetivação da gestão democrática.
O fortalecimento da equipe gestora que trabalha coletivamente com o diretor, buscando soluções e alternativas tem sido uma prática crescente, em  que o papel do conselho escolar possibilita o fortalecimento e a democratização das relações escolares
A escolha dos diretores pelo voto bem como as ações  compartilhadas entre  a equipe  gestora e a criação dos conselhos escolares tem sido uma vertente s para avanço no atual perfil de gestão escolar.
A gestão inovadora que visa uma realidade cultural da escola, basicamente é assegurada por meio do fortalecimento dos mecanismos de participação do  conselho escolar juntamente com o gestor que juntos irão construir  uma nova cultura escolar.
3. A gestão atual não pode e não deve restringir no seu campo de atuação meramente em atividades burocráticas e organizacional de uma escola.
 Para isso ela deve ir além, proporcionando a sua função social de formadores de sujeitos, em que sua legitimidade será cumprida  diante do objetivo que ela foi criada. O espaço escolar, visa perceber que a realidade não é algo pronto e acabado. O seu conhecimento deve ser vivo e em processo de construção.
Para que a função social seja realmente posta em prática é preciso que o Projeto  Político Pedagógico, esteja em consonância com a realidade em que a escola está inserida, e que suas ações estejam articuladas com os atores sociais.


Conceito de gestão

CONCEITO DE GESTÃO ESCOLAR

Quando desejamos uma escola que atenda às atuais exigências da vida social: formar cidadãos, oferecendo, ainda, a possibilidade de apreensão de competências e habilidades necessárias e facilitadoras da inserção social contamos com as três áreas de Gestão Escolar que funcionam interligadas, de modo integrado ou sistêmico: Gestão Pedagógica, Gestão de Recursos Humanos, e Gestão Administrativa.
Gestão Pedagógica tem uma grande importância na gestão escolar. Ela se preocupa em gerir a área educativa, propriamente dita, da escola e da educação escolar. Estabelece objetivos para o ensino, gerais e específicos. Define as linhas de atuação, em função dos objetivos e do perfil da comunidade e dos alunos. Propõe metas a serem atingidas. Elabora os conteúdos curriculares. Acompanha e avalia o rendimento das propostas pedagógicas, dos objetivos e o cumprimento de metas e avalia toda a comunidade escolar. 
Suas especificidades estão enunciadas no Regimento Escolar e no Projeto Pedagógico (também denominado Proposta Pedagógica) da escola. Parte do Plano Escolar (ou Plano Político Pedagógico de Gestão Escolar) também inclui elementos da gestão pedagógica: objetivos gerais e específicos, metas, plano de curso, plano de aula, avaliação e treinamento da equipe escolar.
O Diretor é o grande articulador da Gestão Pedagógica e o primeiro responsável pelo seu sucesso. É auxiliado nessa tarefa pelo Coordenador Pedagógico caso venha ter.

GESTÃO ADMINISTRATIVA

Cuida da parte física (o prédio e os equipamentos materiais que a escola possui) e da parte institucional (a legislação escolar, direitos e deveres, atividades de secretaria).
Suas especificidades estão enunciadas no Plano Escolar (também denominado Plano Político Pedagógico de Gestão Escolar, ou Projeto Pedagógico) e no Regimento Escolar
            

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS


Tão importante quanto a Gestão Pedagógica, a gestão de pessoal - alunos, equipe escolar, comunidade) constitui a parte mais sensível de toda a gestão.
 Lidar com pessoas, mantê-las trabalhando satisfeitas, rendendo o máximo em suas atividades, contornar problemas e questões de relacionamento humano faz da gestão de recursos humanos o fiel da balança - em termos de fracasso ou sucesso - de toda formulação educacional a que se pretenda dar consecução na escola.
Direitos, deveres, atribuições - de professores, corpo técnico, pessoal administrativo, alunos, pais e comunidades - estão previstos no Regimento Escolar.
A organização acima - gestões pedagógica, administrativa e de recursos humanos - correspondem a uma formulação teórica, explicativa, pois, na realidade escolar, as três não podem ser separadas, mas, sim deve atuar integradamente, de forma a garantir a organicidade do processo educativo.

A GESTÃO ESCOLAR NO PROCESSO DEMOCRÁTICO

A gestão escolar democrática descentralizada, prevista pela Constituição Federal de 1988, ganhou legislação própria com a promulgação da Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, cuja redação pautada no princípio democrático do ensino público que descreve a escola como uma instituição autônoma “formadora de um corpo de entendimentos, estabelecidos através do consenso interno”, gerada pela própria comunidade escolar, mediante a participação de diretores, pais, professores, funcionários e alunos, vinculando a construção social de novas realidades à cultura local (BOTLER, 2003, p. 121).
 A LDB prevê em seu artigo 3º, inciso VIII, que o ensino será ministrado com base no principio da “gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino”, entre outros; mediante a participação dos profissionais da educação na elaboração da proposta pedagógica “e a “participação das comunidades escolar e local, em conselhos escolares ou equivalentes” (art. 14º incisos I e II); mediação ao fato de que serão assegurados “às escolas progressivos graus de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira” por parte dos “sistemas de ensino” (art. 15º.) (BRASIL, 1996). Dentro do princípio democrático.
 Segundo Maia e Bogoni (2003, p.2), a Gestão Escolar compreende o processo político por meio do qual as pessoas integrantes da escola, tendo como princípio básico,o diálogo e a autoridade “discutem,deliberam. planejam, solucionam problemas e os encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola”, mediante a “participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito a normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola”.

Para Silva (2007, p. 3) a gestão escolar, dentro da perspectiva democrática, “passa pela democratização da escola e por sua natureza social, não se restringindo exclusivamente aos processos transparentes e democráticos ligados à função administrativa”. Assim sendo, a gestão escolar engloba duas dimensões: interna e a externa. A primeira refere-se à organização interna da escola, que contempla os “processos administrativos, a participação da comunidade escolar nos projetos pedagógicos, político e administrativo”. A segunda está ligada à função social da escola, sua vocação democrática, mais especificamente, no “sentido de divulgar o conhecimento produzido e sua socialização”. Nesse ínterim, Maia e Bogoni (2008, p. 7) citam que; As dificuldades externas enfrentadas pela escola na gestão democrática     compreendem a “pequena vontade política; e a contrariedade à idéia de participação política”.
As dificuldades internas permeiam a “resistência à socialização do poder e a visão patrimonialista”. As dificuldades gerais se concentram na “cultura democrática ainda pouco consolidada nos diversos segmentos da sociedade” e nas “dificuldades em entender a importância do Controle Social”.
No entanto, tanto o todo (sistemas educacionais), quanto às unidades sociais (estabelecimento de ensino), são “organismos vivos e dinâmicos”,caracterizados por uma rede de relações entre todos os elementos, que atuam ou interferem direta ou indiretamente. Tal fato determina a necessidade de direção sob um novo tipo de organização, que encontra resposta na gestão escolar, cuja abrangência exige dinâmica das interações, decorrente do trabalho como prática social. Assim, considerando que a gestão educacional passa por um processo de transição, a escola defronta-se ainda com um sistema contraditório em que forças de tutela ainda estão presentes, ao mesmo tempo em que os espaços são criados, e a escola assume ações para as quais não desenvolveu as competências necessárias.
Portanto, ainda é preciso que dirigentes e escola desenvolvam novos conhecimentos, habilidades e atitudes pertinentes à nova concepção de educação.
Tratando-se de um novo paradigma que emerge e se desenvolve acerca da educação, da escola e sua gestão, que demanda espaços para a participação e a conseqüente responsabilidade sobre esta. Nesse contexto, muda a fundamentação teórica e mitológica inerente à orientação e compreensão do trabalho da direção da escola, entendida como um processo de equipe, associado à participação social (LÜCK,2000, p. 15).